Paraleucilla magna

Ontem foi mais um dia de coleta. Fomos observar as placas já com 2 meses de idade e tivemos muitas esponjas. Mas o que chamou a atenção mesmo, especialmente a minha, foi um exemplar de Paraleucilla magna que faz juz ao nome. Era realmente enorme como vê-se abaixo.

 

Como será que ela estará daqui a 2 meses ? Será que continuará viva e crescendo ou virará presa de algum bicho esfomeado ? será que degenera, que algum outro animal cresce sobre ela ? Respostas em janeiro, ok.

Mais informações sobre a reprodução de P. magna pode ser vista em:

Emilio Lanna & Michelle Klautau (2010) Oogenesis and spermatogenesis in Paraleucilla magna (Porifera, Calcarea).Zoomorphology, DOI 10.1007/s00435-010-0117-5

Uma craca bem diferente ou falta de experiência deste que escreve ?

Hoje, no mergulho realizado na Ilha dos Papagaios (Cabo Frio) vi uma espécie de Cirripedia (craca) bem diferente. As placas (tergo e escuto) lembram Chthamalus mas as placas parietais são bem diferentes. Muito interessante e bem ao lado de um ouriço,o que dificultou a aproximação para um close maior.

Se alguém puder ajudar... Fábio ?

Spirobranchus giganteus

Agora temos mais uma espécie "exótica" sendo estudada: o poliqueto Spirobranchus giganteus. Apesar de ser encontrado no NE do Brasil (Rio Grande do Norte, Bahia e Pernambuco) e estar associado a recifes de coral, encontramos esta espécie associada a substrato artificial e à rochas, sem corais por perto. Já iniciamos o mapeamento da distribuição e a maior densidade é observada entre 6 e 8 m, o que corresponde à literatura. Coletamos duas variedades de cor: laranja e vermelho. Vejam as fotos. Assim que tivermos mais informações postermos aqui.

Exclusão de Didemnum spp

O experimento de exclusão de Didemnum entrou em sua segunda fase, a replicação temporal. Já fizemos entre Fevereiro e Maio (4 meses) e agora, vamos a mais 4 meses (Maio a Setembro). Com 1 mês as diferenças ainda são poucas(?) mas mantém-se a característica de presença de Didemnum nas caixas COM TELA e a sua ausência nas caixas SEM TELA, reafirmando a importância da predação no estabelecimento desta espécie.

Mais uma vez, vejam as fotos e comparem:

COM TELA

SEM TELA

Algumas esponjas (Some sponges)

Continuam a aparecer muitas esponjas nas placas dos experimentos novos e antigos. Algumas realmente chamam atenção. Vejam só! Estas duas primeiras são de uma Demospongiae ainda não identificada, mas mostra o crescimento dela de 3 para 4 meses.

Esta aqui parece uma Chlatrina e estava presente nas placas sem tela, no Experimento inicial

Novoexperimento - exclusão de Didemnum spp

Após o fim das coletas, um novo experimento teve início para tentar responder uma pergunta, estimulada pelo pessoal do LABPOR. O que aconteceria se nas placas COM TELA, excluíssemos os Didemnideos ? Então começamos este experimento em Janeiro. Vejam as fotos:

Sem Tela (Control): 1 e 3 meses

 COM TELA E EXCLUSÃO DE DIDEMNUM SPP (TREATMENT): 1 e 3 meses

Acabou... Acabou ?

Hoje fizemos a última coleta do projeto das espécies exóticas. Foram 3 regiões do estado: Arraial do Cabo (3 locais), Urca (1 local) e Baía de Sepetiba (2 locais). Muitas e muitas placas depois, muitos e muitos mergulhos, muitos kilômetros percorridos (entre Arraial e Mangaratiba são 283 Km de estrada e 200Km de costa) chegou a hora de dizer que a parte de campo terminou.

Terminou ? Mas como se ainda tem placas em Arraial ?

Projeto e trabalho de campo nunca terminam com o fim das coletas. Durante as coletas surgem idéias novas, algumas prontamente realizadas, outras deixadas para depois. Com nosso projeto não foi diferente e já temos alguns filhotes imediatos: 1) CRESCIMENTO de Paraleucilla e Scycettusa hastifera;   2) PREDAÇÃO E COMPETIÇÃO EM COMUNIDADES INCRUSTANTES MARINHAS: QUAL O PAPEL DA ASCIDIA COLONIAL DIDEMNIDAE ?;   3) Recrutamento de S. hastifera; 4) Dispersão horizontal do poliqueto Spirobranchus giganteus a partir de um ponto conhecido de introdução. Isto sem contar oq ue ainda vem por aí.

No dia 29 de abril teremos o primeiro encontro para discussão dos resultados preliminares. Novas idéias surgirão. Enquanto isto, publicar, publicar e publicar.

Arraial - Março 2010








Paraleucilla magna em Arraial (2 meses de idade). Na foto, também Didemnum spp, Phallusia e outras espécies

Várias espécies incrustantes. Ascídias (Phallusia nigra, Symplegma rubra), ouriço (Echinometra ?)

é a última ! : (

É pessoal, 1 ano passa mais rápido do que imaginamos. As coletas da Urca e Sepetiba acabaram, já passou mais 2 meses e agora é a vez de Arraial ter sua última saída. Aquela navegação acompanhada de golfinhos no grande "Estrela de Davi" vai ficar na lembrança de quem esteve por aqui reunido no projeto. Águas geralmente quentes, sol agradável, sol de rachar, lanchinhos, esponjas, ascídias, muitas braçadeiras e telas, papo científico e outros nem tanto assim... mas uma hora o campo acaba e vem o final em laboratório, em frente à lupa. Nesta hora que as multicores do sol, do mar, da areia, dos bichos se tornam multicores do monitor, dos gráficos, das figuras e fotos. Chega a hora de contar a história do que vimos.

Mas já temos "filhotes" do projeto: crescimento de esponja, predação e competição de ascidias e outros incrustantes. E outros mais.

Em abril, no dia 29 teremos o seminário do projeto, apresentando os resultados obtidos. Será uma chance boa de discutirmos nossas descobertas. E agilizarmos as publicações.


Bom, na sexta volto com o resumo da última coleta, que espero ser muito rica !

Só falta uma ...

Só falta uma coleta para encerrarmos a parte de campo do projeto. 1 ano já se passou desde que iniciamos na Urca e em Sepetiba. Estes dois locais já tiveram suas placas retiradas. Poucas surpresas. E nenhum dos animais de nossa busca. Tivemos a grata surpresa em Arraial de navegarmos avistando golfinhos. Saltavam, rodopiavam e agitavam suas caudais fazendo a festa para nós que assistíamos.

Mas em Arraial o trabalho continua. Trocamos as placas para o último período de 2 meses. Mas o projeto tem rendido filhotes. Já são 2 iniciados: crescimento de Paraleucilla e o estudo combinado da exclusão de predadores (peixes) e competitiva (Didemnidae) sobre a comunidade incrustante.

Seguem algumas fotos para contemplação

Nossa equipe ! Faltou a Carla e eu, que fotografava.

Quase acabando o campo

18 meses de experimento na Urca e finalmente, acabamos as coletas lá. Em janeiro, muita, mas muita Bugula neritina nas caixas. Um tapete vermelho! E por dentro somente Serpulídeos e algun tufos a mais. Agora acabou...

Na semana que vem (26/01) teremos a penúltima de Arraial. Mas antes, vem a última de Sepetiba também. 1 ano se passou, muitos dados obtidos e agora, vem a hora de analisar e discutir tudo. Vai dar um trabalhão!